Autores: Joao Mosca e Nehemias Lasse
Este texto sistematiza as causas, os factores agravantes e as consequências das cheias em Moçambique. É apresentada, de forma esquemática e descritiva, a globalidade dos choques climáticos (com enfoque nas chuvas intensas) e são sugeridas as opções de políticas e medidas operacionais e institucionais, de curto e longo prazos, para a minimização dos efeitos negativos. Considerando o tamanho do país e a heterogeneidade regional, correspondendo a níveis de risco diferenciados, segundo o tipo de evento climático, é importante a definição de critérios para a priorização das acções preventivas.
As inundações provocam sempre sacríficos e dor na população abrangida e não deve haver aproveitamento político de qualquer tipo de organização e, menos ainda, dos partidos políticos. em situações de calamidade, não existiu, por parte do governo, uma chamada à mobilização civil e, muito menos, ao envolvimento do exército e da polícia em acções de salvamento e acomodação das famílias abrangidas. Existiram, sim, iniciativas voluntárias de cidadãos.
É importante pensar-se numa organização especializada e suas relações institucionais no quadro da administração pública, organizações da sociedade civil, academia, e acções de “fund raising”, bem como a monitoria e auditoria aos fundos alocados e à utilização e manutenção dos recursos remanescentes de calamidades anteriores.
Fevereiro de 2023