Autores:João Mosca e Rabia Aiuba
Este texto retoma o artigo anterior “A inflação não se come” publicado nos semanários Canal de Moçambique e Savana, respectivamente dos dias 1 e 3 de Julho e pretende continuar a discutir a política monetária do Banco de Moçambique, em consequência das medidas económicas ineficazes, relacionadas com o COVID-19. Com base na teoria monetária e dos ciclos económicos e na evolução da economia entre 1997 e 2019, o autor verifica que, a longo prazo, existe uma correspondência entre a teoria e o comportamento da economia, sintetizada em relações inversas entre crescimento económico e inflação. A curto prazo, através da delimitação de ciclos assente em variações das taxas de crescimento acima de 2% por pelo menos dois anos, a realidade moçambicana revela:
que houve ciclos de duração variável;
que não existe um padrão comportamental entre as duas variáveis e nas relações entre elas;
que não se confirma nenhuma teoria dos ciclos económicos e da gestão da política monetária.
Data :Julho de 2020