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DR # 248 Casas para os reassentados, para quando? Alguns desafios da reconstrução pós-Idai em Búzi, Sofala

Autora: Uacitissa Mandamule

A reconstrução pós-desastre é um processo complexo (e por vezes longo) que exige uma abordagem holística e coordenação entre os diferentes actores (Estado, agências de ajuda humanitária, comunidades) na identificação das prioridades de intervenção. Esta consiste num conjunto complexo de medidas sociais, políticas, financeiras e tecnológicas (Thurairajah, 2011), incluindo a reabilitação da infra-estrutura física das áreas afectadas (Dauphiné & Provitolo, 2013). A reconstrução começa imediatamente após o período de emergência e continua até que a vida volte a um estado normal ou até melhor do que antes do desastre (Amaratunga & Haigh, 2011; Barenstein & Leemann, 2012; Lizarralde et al., 2009).

Volvidos quatro anos após a passagem do ciclone Idai, algumas infra-estruturas, públicas e privadas, na vila de Búzi exibem ainda rastros da destruição provocada por aquele desastre. Nos bairros de reassentamento localizados em Guara-Guara e nos bairros circunvizinhos, a população regozija-se com a construção e recente inauguração do hospital distrital de Búzi. No entanto, ressente-se do atraso dos projectos de construção de habitações para a população reassentada, e enfrenta um dilema paradigmático entre permanecer nos bairros de reassentamento e regressar às zonas consideradas de risco, contra o agrado do governo local e alguns organismos internacionais de ajuda. Em Búzi, o processo de reconstrução pós-Idai é prolongado, entre outros, pela ocorrência cíclica de eventos extremos e pela fraca capacidade financeira e governativa das instituições do Estado local que, tal como a população, anseiam pelo início dos projectos de construção de moradias aguardados desde 2019.

Julho de 2023

Mês

Julho

Ano

2023

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