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DR #166 – Política monetária do banco de Moçambique: Inconsistente, contraditória e asfixiante da economia real

Autores:João Mosca e Yara Nova
O Comité de Política Monetária (CPMO) actualizou, através de um comunicado, a taxa de juros média interbancária (MIMO) de 13,25% para 15,25%. O Banco de Moçambique (BdeM) justifica esta medida devido aos riscos da economia moçambicana, salientando, e cita-se: (1) o impacto geo-político Rússia-Ucrânia; (2) os constrangimentos das cadeias de fornecimento de bens a nível global; (3) os efeitos das recentes intempéries sobre os preços domésticos; (4) o grau de repassagem dos preços dos combustíveis para os preços de outros bens e serviços.

Este texto sugere que a gestão dos instrumentos de política monetária pelo BdeM tem sido contraproducente de pró-ciclo em situação de crise, dificultando o desempenho da economia e a saída da crise estrutural da economia moçambicana. As reacções da economia às medidas de política monetária têm sido, em muitos casos, contrárias à teoria e, por isso, ou desajustadas da realidade e/ou assentes em teorias monetárias adoptadas como dogma. O pressuposto do controlo da inflação, como variável objectivo, tem-se revelado incoerente e ineficaz por não ter correspondido a uma redução da inflação e inversão das tendências de crise de curto e médio prazo.

Pode-se sugerir que as políticas monetárias não estão fundamentadas em estudos consistentes que permitiriam a adopção de medidas coerentes e eficazes, isto é, com os efeitos desejados.
Data :Abril de 2022

Mês

Abril

Ano

2022

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