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OR #70 – A economia política do corredor da Beira

Autor: Thomas Selemane
A economia política do corredor da Beira: Consolidação de um enclave ao serviço do hinterland

O presente texto apresenta os resultados da pesquisa do Corredor da Beira na perspectiva de economia política. A pesquisa foi feita combinando informação secundária recolhida em documentos e publicações sobre o Corredor da Beira e o quadro teórico da economia política clássica, e informação primária recolhida por via de entrevistas semi-estruturadas feitas a diversos actores intervenientes nas principais cidades e vilas que compõem aquele corredor: as cidades da Beira, Dondo, Chimoio e Manica; assim como a vila fronteiriça de Machipanda.

A pesquisa foi feita procurando responder à seguinte pergunta de partida: “Quais são os principais interesses económicos existentes no Corredor da Beira e como se relacionam com a dinâmica social e política local e nacional?” Embora existam investidores nacionais detentores de vários interesses económicos ao longo do Corredor de Desenvolvimento da Beira (CDB), a análise chega à conclusão de que, efectivamente, estamos diante de um enclave mais ao serviço do hinterland do que ao serviço da economia moçambicana, dadas as poucas ligações existentes entre o CDB e o resto da economia. Essas poucas ligações contrastam com as muitas ligações – de todos os pontos de vista: físico, financeiro, comercial, de mercado – existentes entre o CDB e o mercado externo, particularmente os países do hinterland: Zimbabwe, Zâmbia, Malawi e República Democrática do Congo (RDC).

Palavras-chave: economia política; dependência económica, enclave, Corredor da Beira; investimento directo estrangeiro; economia extravertida, desenvolvimento local.
Data: Janeiro de 2019

Mês

Janeiro

Ano

2019

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