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DR # 322 Do país sonhado ao país vivido: Moçambique 1975-2025 (período 1992-2025)

Autores: Joao Mosca e Thomas Selemane

Este Destaque Rural sublinha os principais elementos da evolução de Moçambique desde a independência (secção2). Sublinha-se a implementação de um projecto que se pretendia de economia e sociedade socialista, a esperança de um novo país moderno e desenvolvido, igualitário, com o poder do povo. No fim (secção 3), faz-se um resumo. A grande questão é saber se os discursos iniciais eram verdadeiros, um engano ou, ainda, o resultado do domínio de um número restrito de dirigentes da Frente de Libertação de Moçambique e depois da Frelimo (até finais dos anos 80). Estes militantes possuíam formação e militância em movimentos de esquerda na Europa de finais dos anos 60, que encontraram nos nacionalistas e populistas com conotações étnicas e de uma nascente elite de assimilados, os principais aliados. Esta aliança (esquerda e populismo nacionalista), soube mobilizar a grande maioria da população para o envolvimento numa luta de libertação nacional. A origem classista das elites de libertação nacional foi porventura a razão da emergência de uma classe rendista que, não tendo cultura empresarial, utilizou o Estado como plataforma de acesso e distribuição de riqueza, sem ética, com corrupção que se generalizou, tornando-se endémica, pois começa nos mecanismos de conquista e manutenção do poder político – do recenseamento eleitoral, passando pela votação, contagem de votos e apuramento de resultados. Um processo corrupto que, por feitio, jamais produzirá dirigentes íntegros por mais que os mesmos gritem aos quatro ventos pretenderem combater a corrupção.

Nota: Este é o último Destaque Rural de uma série de três que constituem o livro com o mesmo título.

Abril de 2025

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Abril

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2025

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