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DR #27 – A era dos Organismos Geneticamente Modificados em Moçambique: Uma benção divina ou maldição?

Autores:Agostinho Bento
Aproveitando a necessidade de combate a pragas e a secas, o grande capital tem conferido uma particular aposta à investigação sobre organismos geneticamente modificados. Sustenta-se ainda que a alta produtividade dos OGM constitui um modo de rapidamente aumentar a produção e reduzir ou eliminar a fome.

Numa altura em que, pela primeira vez em Moçambique, se colhe a primeira colheita de uma experiência com milho geneticamente modificado, adivinha-se que esta tecnologia, testada em espaços controlados (em quarentena), venha a ser transferida para a escala produtiva. Nos próximos meses, prevê-se um aumento da pressão sobre os centros de decisão no sentido de revisão da Lei de Biossegurança do país, de forma a permitir a comercialização da semente de milho geneticamente modificado, tornando os camponeses e outros produtores dependentes de tecnologias não dominadas e de sistemas de produção exigentes em insumos de difícil acesso por escassez de capital dos produtores.

Acrescenta-se que a polonização aberta poderá afectar a biodiversidade de vastas regiões aumentando a perda de soberania dos produtores nas suas opções produtivas, bem como nas escolhas dos consumidores

Através deste Destaque Rural pretende-se salientar a necessidade de realização de um debate alargado, que envolva os centros de decisão, camponeses, sector privado, investigadores, académicos, consultores, entre outros actores, de forma a avaliar as implicações que poderão advir da utilização de OGMs para o ambiente e biodiversidade, para a saúde e bem-estar do Homem e dos animais, e para a soberania dos produtores e consumidores.
Data :Agosto de 2017

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