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OR #56 – A economia política do corredor de Nacala: consolidação do padrão de economia extrovertida em Moçambique

Autor: Tomás Selemane
Este texto aborda a economia política do Corredor de Nacala entendido como a região geográfica que parte do Porto de Nacala, na cidade nortenha com o mesmo nome, passando pela linha de transporte ferroviária e rodoviária que vai até ao vizinho Malawi. Por esta razão, uma parte da análise é centrada no chamado Corredor Logístico Integrado de Nacala (CLIN), sua viabilidade e nos interesses empresariais da elite política nacional que nele se cruzam.

A pesquisa foi feita combinando informação secundária recolhida em documentos e publicações sobre o Corredor de Nacala e o quadro teórico da Economia Política, e informação primária recolhida por via de entrevistas semi-estruturadas feitas a diversos actores intervenientes no desenvolvimento do Corredor de Nacala.

As técnicas de recolha de dados consistiram no cruzamento de informação, recolhida em entrevistas e em fontes secundárias, sobre a interacção entre processos políticos e as dinâmicas económicas numa sociedade, a distribuição de poder e riqueza entre diferentes grupos de interesse, bem como os processos que criam, reproduzem e sustentam as relações de poder entre mentores e executores, vencedores e perdedores do desenvolvimento.

A principal conclusão é a seguinte: a configuração do Corredor de Nacala representa uma consolidação do padrão de economia extrovertida: o conjunto formado pelo investimento directo estrangeiro (IDE) ao longo do corredor, o seu funcionamento e a sua fraca ligação com a economia nacional, serve menos os interesses nacionais e mais os interesses estrangeiros.

Palavras-chave: economia política; corredor de Nacala; investimento directo estrangeiro, economia extrovertida desenvolvimento local.
Data: Setembro de 2017

Mês

Setembro

Ano

2017

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