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OR #115 – Mudanças nos padrões tradicionais de exploração da terra e do trabalho: O caso da açucareira de Xinavane

Autor: Joana Manuel Matusse Joaquim,
João Mosca, Ana Sampaio
O crescimento mundial da população a intensificação da urbanização associada ao crescimento da renda, trouxeram mudanças estruturais ao sector agrícola, caracterizadas pela padronização da produção agrícola e pelas novas opções alimentares que conduziram ao aumento da procura de produtos agrícolas.

O aumento da procura de produtos agrícolas impôs às economias mundiais desafios de produtividade e de inovação agrícola, para além da expansão das áreas de cultivo que, dada a crescente pressão sobre os recursos naturais, não constitui a estratégia adequada para responder ao desafio colocado pelo aumento desta procura.

O desafio é particularmente mais elevado para os países de baixa renda, como é o caso de Moçambique, quer pela adopção insuficiente de tecnologias mais produtivas, quer pela falta de integração no mercado.

O Agronegócio em Moçambique é limitado às culturas de exportação e tende a gerar emprego instável e precário (Ali e Muianga, 2017) e, por outro, de acordo com Mosca (2019), é associado à extracção de excedentes produtivos e económicos para a acumulação no exterior, onde concentra grande parte dos elos da cadeia produtiva, gera obstáculos às transformações estruturais, quer da agricultura, quer dos produtores. Contudo, o sector açucareiro mostrou um paradigma diferente, a partir dos finais dos anos 90, com a integração dos produtores a partir da subcontratação destes para a produção da cana-de-açúcar. Este modelo foi, e tem sido, praticado pelas açucareiras de Xinavane e Maragra, integradas em cadeias de valor de âmbito internacional e orientadas, primordialmente, para o abastecimento do mercado interno moçambicano (Buur, Mondlane e Baloi, 2011).
Data: Junho de 2021

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Junho

Ano

2021

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