Autor: Almeida Sitoe, Luisa Santos
O desenvolvimento sustentável tornou-se, desde a Cimeira da Terra no Rio de Janeiro em 1992, o pano de fundo de todas as estratégias de desenvolvimento mundial. O reconhecimento de que os recursos naturais do mundo podem ser esgotados em pouco tempo se a taxa de extracção actual não for regulada e ajustada à realidade, colocando em situação de escassêz de recursos para as futuras gerações, alterou de certo modo a maneira de pensar sobre os recursos naturais.
Esta constatação abrange os recursos naturais renováveis, cuja taxa de extracção é superior à taxa de reposição natural. A destruição de extensas áreas florestais nas regiões tropicais tem sido utilizada como símbolo de perda de biodiversidade mundial e apresentado como uma das principais causas de aumento na concentração de dióxido de carbono na atmosfera, um dos principais gases de efeito de estufa. A necessidade de equilibrar o crescimento económico com equilíbrio ambiental e social trouxe um novo paradigma na percepção do desenvolvimento.
Encontrar um ponto de equilíbrio que assegura um crescimento económico em termos do PIB ao mesmo tempo que se mantém os ecossistemas naturais funcionais e se mantem uma equidade social com uma distribuição justa da renda, constituem até aos dias de hoje o principal desafio.
Data: Março de 2016