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DR # 295 Está Moçambique preparado para alimentar 60 milhões de pessoas?

Autora: Máriam Abbas

Moçambique é considerando um dos países mais pobres do mundo. Dados recentes apontam para um aumento da pobreza de consumo de 46.1%, em 2014/15, para 65%, em 2022, sendo ainda maior nas zonas rurais (68.4%) do que nas zonas urbanas (58.4%) (MEF, 2024). As zonas Norte e Centro do país concentram a maior parte da população pobre: 70.2% e 65.6%, respectivamente (MEF, 2024).

A nível nacional tem-se registado um aumento da desigualdade social, medida pelo coeficiente de Gini, de 0,47, em 2014/15, para 0,51, em 2019/20, sendo mais acentuada nas zonas rurais e no Norte do país (MEF, 2024). De acordo com o MEF (2024), as desigualdades sociais têm vindo a aumentar devido ao surgimento de bolsas de insegurança alimentar e fome derivadas do aumento dos preços dos alimentos, choques climáticos que afectam a produção agrícola das famílias e da situação de terrorismo no norte do País.

Os factores conjunturais e estruturais da economia são apontados como sendo as causas da pobreza no país, destacando-se o rápido crescimento da população, as fracas oportunidades de emprego, a desigualdade de renda e do acesso a recursos, e o fraco investimento em infra-estruturas essenciais (MEF, 2024).

É neste contexto, que o presente Destaque Rural pretende analisar o contexto actual no que se refere à insegurança alimentar e os cenários futuros, tendo em conta as mudanças climáticas e o aumento esperado da população até 2050. O contexto actual, caracterizado pelos elevados níveis de pobreza, insegurança alimentar e vulnerabilidade climática, associados ao crescimento populacional esperado, podem criar um ambiente favorável para a emergência de conflitos.

Agosto de 2024

Mês

Agosto

Ano

2024

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