Após o conhecimento das dívidas ocultas, porque ilegais, com propósitos não transparentes, suportados por financiamentos obscuros e com fortes sinais de corrupção, o FMI e grande parte da comunidade internacional suspendeu a cooperação com Moçambique. A crise económica, social e política agravaram-se, sendo, os mais pobres, aqueles que estão pagando grande parte da factura. As elites continuam com as mesmas mordomias, deslegitimando e imoralizando a nobreza da política.
Alguns doadores e países credores mantiveram a cooperação e financiamento de projectos específicos (e não através do apoio directo ao orçamento do Estado), sobretudo nos sectores que mais afectam a vida dos pobres (educação, saúde acesso à água e outros bens e serviços básicos). Outros doadores e credores, pouco interessados nos direitos humanos e da cidadania nos seus próprios países, pautam as suas cooperações pelos mesmos princípios. Estes mantiveram o essencial da cooperação e das linhas de crédito. Os interesses económicos no âmbito da designada diplomacia económica e a realpolitik, determinam de forma dominante as opções desses governos.