Autor: João Carrilho, Mariam Abbas, António Junior, João Mosca
Os desafios de segurança alimentar e nutrição em Moçambique são multifacetados e, se não forem resolvidos de forma apropriada e atempadamente, representam um risco importante para o desenvolvimento do país.
A redução da malnutrição crónica é um objectivo-chave de desenvolvimento para o governo de Moçambique que requer uma abordagem multi-sectorial e investimentos a longo prazo de modo a reverter os seus inaceitáveis altos níveis que afectam negativamente o desenvolvimento do capital humano no país.
As principais causas de subnutrição são os baixos rendimentos e a insegurança alimentar, como demonstrado pela grande proporção de famílias com crianças subnutridas no quintil de rendimento mais baixo e famílias que sofrem de insegurança alimentar.
Estima-se que mais de metade das famílias em Moçambique estejam afectadas por insegurança alimentar e, cerca de um terço, por insegurança alimentar crónica. Cerca de 30% das famílias são consideradas pobres ou estão no seu limite em termos de diversificação da dieta e frequência de refeições, uma medida crítica de segurança nutricional. Como referido no documento, 80% das famílias não consegue ter uma dieta adequada.
A prevalência da insegurança alimentar e da malnutrição crónica na maioria das províncias no país é similar. Contudo, as províncias de Cabo Delgado, Nampula e Sofala são as mais afectadas.
Data: Maio de 2016